ROMA, 19 de out de 2011 às 12:45
Por ocasião do encontro "Novos evangelizadores para a nova evangelização" organizado pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, a Irmã Verônica Berzosa, fundadora e superiora da jovem congregação de vida contemplativa Iesu Communio, afirmou desde o Vaticano que " se o homem não viver abraçado a Deus e à sua vontade, não consegue saber quem é, nem aonde vai".
No dia 15 de outubro, desde a Sala Paulo VI do Vaticano e diante de oito mil pessoas, a Irmã Verônica, explicou como as jovens de sua comunidade dedicam sua vida à nova evangelização.
Ela relatou como desde seu convento de Aguilera em Burgos (Espanha), dialoga com jovens desorientados que não conhecem a Deus. Ela assinalou que muitos se maravilham ao ver a felicidade de suas irmãs e afirmam estar desesperançados por conceber o cristianismo como um obstáculo para alcançar a felicidade e por ver a Deus como um inimigo que limita a liberdade.
"Nem a imposição nem o avassalamento são próprios de Deus, e este sai ao encontro da liberdade humana convidando-a a abrir-se ao seu dom: Se conhecesse o dom de Deus…, tu lhe pedirias, e Ele te daria…Sua atração é seu amor", explicam as irmãs a estes jovens.
"Dizemos ter pânico ao sofrimento e à morte. Mas acaso não temos medo a viver ao não encontrar o sentido da vida nem seu valor e, portanto, não somos capazes de confrontar os acontecimentos diários?", questionou.
A Irmã Verônica explicou que o testemunho que nasce de sua experiência evangelizadora "é simplesmente ter ficado totalmente cativadas pelo dom incomparável de ser cristãos, pela beleza de vida de tantos cristãos que com sua forma de viver assinalam o mistério de Jesus Cristo que apaixona e arrebata o coração como inseparável viver". E recordou que "na humanidade de Cristo obediente e plenificado pelo dom do Espírito, os crentes descobrem sua identidade, sua vocação, sua missão e seu destino".
Irmã Verônica considerou que a verdadeira felicidade se encontra em seguir o caminho da santidade, "que não é só algo do passado nem um itinerário para uns poucos nem um privilégio de uma elite: a santidade é, pelo contrário, a mais profunda vocação humana".
Ela recordou que dentro da Igreja "vemos o amor solícito e atento de homens e mulheres, que, embora experimentem sua incapacidade para chegar a todas as feridas e dores do mundo, gastam fecundamente suas vidas, confiantes que a vitória de Cristo, e não o mal, terá a última palavra na história dos homens".
"Essa esperança futura não impede que suas mãos agora se aproximem e aliviem a dor e o sofrimento dos carentes, pobres, marginados, esquecidos, desesperançados, desorientados, angustiados... nos que vêem Cristo mesmo que sai a seu encontro", acrescentou.
Irmã Berzosa explicou a comunhão de seu instituto religioso, que "quer ser templo onde, em adoração, custodie-se a presença do Deus vivo, ame-se ao Esposo –Jesus- com todo o ser, e arda dia e noite a oração contínua que acolha e abrace a dor dos filhos que nos confiam", afirmou.
"Nossa comunhão quer ser lar onde se convide o abraço do perdão curador e o banquete da Eucaristia; nossa comunhão quer ser casa acesa onde se espere sempre o filho; estalagem onde o Bom Samaritano siga outorgando fortaleza para empreender, continuar, ou retomar o caminho da fé", explicou.
Finalmente, a religiosa se despediu de todos recordando que "não há nada mais belo e com mais autoridade que a Igreja, e os jovens sabem".